quarta-feira, 17 de setembro de 2014


Sabedoria de vida é usufruir o presente


Não permitir a manifestação de grande alegria ou grande triteza em relação a qualquer acontecimento, uma vez que a variação de todas as coisas pode transformá-lo completamente de um instante para o outro; em vez disso, usufruir sempre o presente da maneira mais serena possível: isso é sabedoria de vida.
Em geral, porém, fazemos o contrário: planos e preocupações com o futuro ou também a saudade do passado ocupam-nos de modo tão contínuo e duradouro, que o presente quase sempre perde a sua importância e é negligenciado.
No entanto, somente o presente é seguro, enquanto o futuro e mesmo o passado quase sempre são diferentes daquilo que pensamos. Sendo assim, iludimo-nos uma vida inteira.
Uma filosofia mais séria faz com que justamente a busca do passado seja sempre inútil, e a preocupação com o futuro o seja com frequência, de modo que somente o presente constitui o cenário da nossa felicidade, mesmo se a qualquer momento se vier a transformar-se em passado e, então, tornar-se tão indiferente como se nunca tivesse existido.

Onde fica, portanto, o espaço para a nossa felicidade? 

                                                 Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Ser Feliz”.

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